Dois anos LIVRE da crença sobrenatural: um relato
Na minha infância e adolescência, tive a sorte de não ter a religião empurrada garganta abaixo: minha mãe achava a catequese uma forma invasiva e doutrinadora de ensino e preferia que eu aprendesse a religião ou espiritualidade (1) sozinha. Não era surpreendente, então, que eu achasse igreja um lugar muito chato e nunca criasse uma ideia de reverência com o dogma cristão. Eu tenho a impressão que muitas das pessoas que têm esse forte senso de reverência são assim por doutrinação infantil. Conforme passou o tempo, eu passei a me interessar por coisas sobrenaturais e religiosas. Eu li o Livro dos Espíritos aos quinze anos, acessei ideias pagãs e panteístas ao longo dos próximos anos, li textos hindus e budistas aos vinte e comecei a consagrar a Ayahuasca em rituais neoxamânicos aos vinte e um anos, onde adquiri algumas crenças místicas que iam para um lado bem universalista. Você sabe, aquela ideia de que "todos os grandes mestres são verdadeiros", "todas as religiões cont...