O problema dos rótulos na não-monogamia contemporânea
Muitas vertentes da não-monogamia atual preferem deixar de lado alguns rótulos que descrevem relações análogas ao casal, palavras como "namorade", "espose" e outras parecidas, por uma crítica justa à carga que essas palavras realmente têm, sendo atadas a um reconhecimento social que é da cultura monogâmica e que traz assunções desse sistema para os vínculos que se quer evitar reproduzir ao máximo. Com isso, surgem expressões para substituição, pois, em muitos casos, se sente a necessidade de nomear essas relações diferentemente da amizade e de outros afetos sem esse elemento sexual-afetivo típico do que seria chamado de "relações românticas" (aqui, sem o sentido de "amor romântico" da crítica feminista). O problema é que muitas dessas expressões de substituição são ambíguas: "amores", "vínculos", "afetos", "parceires" e outras palavras assim não se referem exclusivamente a relações com esses elementos: meu...