O problema com o budismo

Sempre que surgem críticas à religião pelos muitos problemas sociais, psicológicos e ideológicos causados por esse tipo de doutrinas, alguém vai dizer que o budismo não é assim. As outras religiões sim, o budismo não. Existe uma percepção, especialmente comum no ocidente, de que o budismo é uma forma de pensamento superior às demais religiões e ideologias religiosas/espirituais (1). Oras, muitas vezes nos dirão que o budismo não é uma religião, mas sim uma filosofia de vida, ou algo assim mais elevado que “meras religiões”.

Essa é uma percepção problemática, na minha opinião. Existe uma espécie de mistificação do budismo nesse sentido que acredito que precisamos superar para apontar problemas sérios. O budismo não é uma filosofia de vida superior às demais doutrinas religiosas/espirituais e compartilha com elas muitos de seus problemas e limitações. As críticas que se fazem à religião organizada encaixam como uma luva para o budismo também. Esse é meu principal argumento.

Aliás, é complicado falar de um budismo; seria importante reconhecer que o budismo é um conjunto de religiões mais ou menos relacionáveis entre si, mas com importantes diferenças doutrinárias. Seria importante falar de budismos no plural. Nesse texto, vou falar de “seitas budistas” para as diferentes ordens e tradições que existem. Com isso, não quero dizer que sejam “seitas” no sentido de grupo de alto controle, embora todas tenham alguns elementos de controle indevido, como qualquer doutrina religiosa, e algumas poderiam ser consideradas “seitas” nesse sentido pejorativo.

Sem mais delongas e parênteses...

O budismo é só uma filosofia de vida?

Não. Os budismos são religiões em um sentido completo da palavra. Sim, existe filosofia budista (muitos tipos de), mas isso é algo que todas as religiões têm.

Quando se está falando do sagrado e do profano, de prescrições éticas baseadas em autoridade espiritual, de uma ou mais figuras fundadoras (e reformadoras) que supostamente contribui(em) para compreender erros espirituais, figura(s) essa(s) que aponta(m) problemas na condição humana e promove(m) supostas melhorias na prática religiosa de sua sociedade, além de textos sagrados, templos, liturgia e sacerdócio, tudo isso aponta para a classificação de religião. E a maioria das seitas budistas conta com todos esses elementos. (2)

Você pode dizer que algumas seitas budistas prescindem de alguns elementos dessa lista: não têm sacerdotes, apenas lideranças leigas, e/ou não têm templos, somente centros de prática. Isso não tira essas seitas da classificação de movimentos religiosos porque ainda têm grande parte dos outros elementos e porque a classificação de religião não precisa de cada um dos elementos descritos acima para ser cabível a uma seita espiritualista.

Sei que existem praticantes de ordem monástica e do sacerdócio de algumas tradições budistas afirmando que “o budismo que eu ensino não é uma religião”. É um pouco como o Tim Maia canta sobre a Cultura Racional em sua música famosa “Queira ou Não Queira”. Ele diz: “Não é história, não é doutrina / Não é ciência, seita ou religião / É coisa limpa, é coisa pura / Para o caminho da eterna salvação”.  E bom, sabemos que a Cultura Racional é uma seita (no pior sentido da palavra) e uma religião. O problema dessas lideranças afirmando que “não somos uma religião” é que não fariam isso num contexto asiático. Ora, a palavra “religião” é latina, mas a palavra usada para descrever religiões e seitas espiritualistas em geral é usada para descrever o budismo em seus próprios textos sagrados e pelas pessoas cotidianamente. Num país 80-90% budista, como o Japão ou a Tailândia, tente dizer a alguém que o budismo é apenas uma filosofia! Apenas num contexto de tentar agradar um público ocidental que abandonou a prática religiosa cristã (ou islâmica) é que essas figuras desonestamente afirmam que o que fazem não é religião.

Budismo distorcido para audiências ocidentais

É um fenômeno que é bastante estudado na academia, em estudos religiosos: o budismo sofreu (como é inevitável) mudanças para ser adaptado a um novo contexto, onde as pessoas não têm uma base cultural budista (não nascem em famílias budistas, se convertem ao budismo). Assim o budismo é uma doutrina estrangeira chegando num contexto judaico-cristão marcado por muito mais secularismo.

Sabemos que o budismo não teve sua inauguração no ocidente como uma religião carismática que quer angariar novas conversões, mas sim como a religião de imigrantes. Nesse sentido, sua primeira presença no Brasil, por exemplo, foi de templos para pessoas de origem japonesa. O culto era em japonês e pessoas sem essa herança cultural não eram convidadas a praticar. O mesmo aconteceu com outras diásporas de países tradicionalmente budistas em distintos países.

Entretanto, o budismo se tornou mais popular no ocidente a partir de uma virada nessa lógica e na chegada de lideranças que queriam popularizá-lo aqui. Infelizmente, essa evangelismo foi feito de uma maneira comercial, lançando livros best-seller e fazendo palestras que simplificaram demasiado o que significa o budismo. Mais sobre isso abaixo.

É necessário um breve parêntese: houve intelectuais desde o século retrasado falando de seu contato com o budismo em viagens e descrevendo as doutrinas budistas, explicando sua lógica, fazendo filosofia com influências budistas e tudo isso. Seus esforços foram importantes para que se soubesse que o budismo existia e do que se tratava, ainda que essas abordagens tenham sido muito eurocêntricas e criticáveis por uma visão simplista e com erros às vezes bastante crassos. Um limite dessa "primeira onda" é que seu alcance ficou limitado a contextos acadêmicos e à intelligentsia. Também é importante ressaltar seu caráter descritivo, que não visava, com poucas exceções, criar movimentos budistas no ocidente.

O contato do público geral com o budismo no ocidente veio mesmo foi com o cinema asiático, com livros como “Mente Zen, Mente de Principiante”, com a invasão chinesa do Tibete e com a aparição de centros de prática budista por aqui, especialmente de seitas japonesas e tibetanas. Depois de algumas décadas, seitas budistas de outros países começaram a aparecer, já nas últimas décadas do século passado, mas o budismo Soto Zen e seitas do budismo tibetano se popularizaram antes e de maneira mais arraigada no ocidente que outros tipos de budismo.

Então, o que esses esforços evangelizadores têm em comum? Vieram de maneira carismáticas e seculares, deixando de lado muito da tradição e de práticas devocionais ou litúrgicas. Algumas dessas práticas se limitavam apenas à meditação e sermões sem muito conteúdo doutrinário, num espírito universalista, enquanto outras traziam práticas devocionais simplificadas e com uma qualidade ecumênica muito grande, estabelecendo paralelos entre conceitos budistas e ideias religiosas do ocidente, como Deus, a salvação, o pecado, a santidade e outros.

O tempo passou. Estamos no século XXI. Hoje, diversas seitas budistas têm uma presença intensa em muitas partes do ocidente, com a notável exceção do continente africano. Pouco a pouco, o budismo começou a ser estudado de um ponto de vista decolonial, para evitar e retratar as distorções eurocêntricas descritas acima. Mas, como a primeira onda dos “estudos orientalistas” do século XIX, estudos críticos e descritivos do budismo têm um alcance limitado ao meio acadêmico. Isso quer dizer que, ainda hoje, a pessoa média tem contato com o budismo a partir de palestras, livros e visitas a centros de prática ou templos.

Ora, a prática do budismo ocidental ainda está imersa em vestígios das primeiras ações missionárias descrita acima, com um toque contemporâneo: são palestras com elementos de autoajuda, coaching, foco na prática meditativa, devoções simplificadas e assim por diante. É especialmente flagrante uma maneira de ensinar que deixa de lado aspectos tradicionais em favor de uma versão aguada do budismo, com fins de converter as pessoas e mostrar apenas aspectos afáveis da doutrina.

Podemos falar que já existem budismos ocidentais. Algumas tradições possuem décadas de ordenações, lideranças historicamente importantes em suas comunidades e contribuições sociais e políticas para as culturas onde estão presentes (novamente, especialmente nas Américas e na Europa). Qual a cara desse budismo ocidental? Ele é mais progressista e laico que o budismo asiático, focando sua prática em comunidades leigas em detrimento da ordenação monástica. Muitos elementos de crença no sobrenatural (reencarnação, milagres, poderes paranormais, pessoas perfeitas e superiores, contatos com entidades etc.) são colocados em segundo plano e tratados como metáforas. E por último, o discurso é carismático num sentido neopentecostal da palavra, favorecendo relatos de praticantes para incentivar o grupo, discussões abertas onde se exalta as vantagens da prática e uma diminuição na importância da autoridade do sacerdócio.

Existe um punhado de lideranças famosas que escrevem livros e fazem palestras sobre o budismo, além de divulgar vídeos e cursos, e é notório como, nesses conteúdos, se apresenta uma espécie de pastiche de coaching, maneiras pseudocientíficas de falar de mecânica quântica e uma estética budista. A liderança budista exemplar em países ocidentais é um tipo de coach motivacional com trajes budistas ao invés de camisa social. Esse tipo de palestrante vai aludir a alguma coisa dos mitos budistas ou mencionar termos em línguas estrangeiras, mas isso é feito apenas para impressionar o já impressionável público de conteúdos espiritualistas.

Por último, os budismos ocidentais, em sua grande maioria, são ecumênicos. Até o famoso monge vietnamita Thich Nhat Hahn fez um esforço especial para trazer uma contribuição budista à cultura ocidental sem querer converter ninguém, aceitando a presença de sacerdócio cristão em suas comunidades e outras coisas assim.

Algumas pessoas poderiam dizer que o budismo amadureceu no ocidente, mas seria impossível negar que ele perdeu consistência intelectual e incorporou simplificações de seus sistemas como uma estratégia permanente. Isso seria um regresso? Se eu fosse budista, pensaria que sim. Na verdade, já fui budista por muitos anos e pensava que sim.

O pior de todo é que essas versões ocidentais de budismo evitam o diálogo em relação às contradições internas das doutrinas budistas e os problemas que as instituições da religião apresentaram na história e apresentam hoje. Discutirei alguns desses problemas abaixo; eles são varridos para baixo do tapete na prática e seu debate é evitado a todo custo. 

É importante dizer que os budismos ocidentais não estão livres dos mesmos problemas que os budismos tradicionais, mas de forma diferente dado o contexto diferente. Se são menos conservadores em algum sentido limitado (dado que vivemos em sociedades conservadoras tanto aqui como na Ásia), é inegável que promovem ideologias ascéticas e conformismo social num mesmo nível que os budismos tracionais. E tem um lado em que são piores que os budismos tradicionais, porque promovem todas essas coisas sob uma aura de pensamento crítico, antidogmático e falsamente progressista. Na Ásia, as máscaras já caíram a milênio e os budismos são como igrejas cristãs no mundo ocidental: assumidamente tradições fortes em seus países, com algumas tendências reformistas minoritárias. Aqui, por ser “novidade”, os budismos ainda levam a máscara de “intocados pela intriga”.

Detalhando as críticas aos budismos

Saindo de uma dicotomia de budismos ocidentais vs. budismos tradicionais ou asiáticos, vamos delinear algumas críticas que podem se aplicar a essas religiões em geral, considerando sua história passada e sua prática atual:

Os budismos são religiões ascéticas. É um fato que algumas seitas são mais ascéticas no sentido de terem mais regras limitantes: celibato, restrições de vestimenta, de modo de vida e tudo isso, enquanto outras substituíram o monasticismo por sacerdócio, casos nos quais as pessoas envolvidas vivem de maneira bastante comuns e com poucas restrições. Porém, não estamos falando de ascetismo no sentido de negar parte da vida normal e viver como uma pessoa monástica da Índia Antiga, e sim em crenças ascéticas, que estão presentes em todos os budismos.

O que pode configurar uma crença ascética? Grosso modo, seria essa crença que considera a condição humana normal como defeituosa ou imperfeita, e a existência de uma condição superior (“iluminada”) em que se superam esses defeitos e imperfeições. Algumas doutrinas ascéticas pregam a existência de um mundo melhor que esse que se pode alcançar depois da morte, enquanto outras pregam a existência de um estado psicológico superior e santificado.

Isso é um problema porque gera culpa nas pessoas por ter tendências naturais humanas. Pode haver repressão de comportamentos e pensamentos, gerando recalques e danos psicológicos indescritíveis, gerando também uma cultura de vigilância e condenação de pessoas por não se adaptar a essas normas castrantes.

O ascetismo está presente na doutrina de todas as seitas budistas, da mais ascética num sentido tradicional (Therava e Ch’an, por exemplo) à mais “liberal” nos sentidos descritos (Terra Pura, por exemplo). E por que digo isso? Porque existe em todas a ideia de uma condição humana defeituosa e imperfeita que deve ser superada, nessa vida ou na próxima. Com as ideias ascéticas, vêm a desvalorização da experiência humana no mundo real e idealizações castrantes, seja para mais ou para menos.

É importante ressaltar como um problema especial, embora seja parte do que foi dito acima: o moralismo sexual. Os budismos historicamente podem ser descritos como sexo-negativos, no sentido de que a sexualidade é um problema, uma coisa suja em si e que seria melhor ser uma pessoa celibatária ou viver uma única relação monogâmica exclusiva toda a vida. Nesse sentido, é o oposto da sexo-positividade que vemos na psicologia contemporânea como uma maneira melhor e mais saudável de ver a sexualidade humana, evitando considerar a experiência sexual como algo negativo, pejorativo, perigoso etc. (3)

Os budismos contemporâneos nem sempre mantêm a negatividade quanto à sexualidade (a maioria sim, em algum grau), mas não podemos deixar de considerar essa história dos budismos como algo que marcou as culturas onde passou e que criou muitos danos psicológicos através da repressão a impulsos naturais do ser humano e sua demonização. Essas coisas ainda impactam essas sociedades até hoje.

Seguindo na direção de algo relacionado, o budismo é patriarcal. Não é surpreendente, porque nasce em culturas patriarcais, mas seus textos sagrados e liturgias fazem mais alusão a homens, descrevem os homens como personagens principais e descrevem o papel da mulher num âmbito de pessoa de segunda categoria. Regras monásticas para as mulheres sempre incluíram sua submissão ao corpo de monges homens. Muitas ordens budistas femininas foram extintas historicamente e têm encontrado dificuldade para se reestabelecer, devido a resistência de lideranças das seitas em questão (sempre homens). As seitas budistas tibetanas que acreditam na reencarnação de seres iluminados na forma de mestres (“lamas”) têm uma grande maioria de homens realizando esse papel, e relega às mestras um lugar secundário.

Nesse sentido, é importante dizer que os budismos ocidentais são menos patriarcais, mas não livres dessas pressões (o que tem a ver com o contexto ocidental, que ainda é patriarcal, apesar de ter relaxado levemente). Lideranças budistas ocidentais têm insistido na reconstrução de ordens femininas extintas e no papel das professoras, mas isso encontra uma resistência imensa em contextos tradicionais e existe um conflito entre os budismos tradicionais e suas sucursais no ocidente, tendo havido inclusivo excomunhões e outros escândalos. Ou seja, os budismos resistem a uma pressão do feminismo contemporâneo e isso é visto como um ocidentalismo invasor.

O budismo é politicamente conservador. As seitas budistas que chegaram até hoje o fizeram apoiando monarquias poderosas, justificando suas guerras e sendo linha ideológica auxiliar da dominação cultural budista e do nacionalismo nesses países. Existiram seitas budistas inconformes e que lutaram contra a hegemonia de outras seitas, mas tudo indica que o fizeram em busca de obter o favor que outras seitas tinham. Essas seitas lutaram às vezes fisicamente entre si por patrocínio estatal e respeito como doutrina oficial, assim como se enfrentaram com outras religiões. (4)

Vemos que isso não mudou na Ásia, com seitas budistas promovendo guerras contra outras religiões e se atrelando a regimes inclusive totalitários, como ditaduras militares e monarquias, buscando manter seu estado de religião majoritária em seu país. Alguém poderia pensar que isso não ocorre no ocidente porque o budismo é uma religião minoritária, mas tem seus problemas próprios aqui. O budismo se converteu numa religião para classes médias brancas, e reflete o conservadorismo político dessa classe e seu elitismo. Há seitas que proíbem os conflitos políticos e calam o debate no interior da comunidade, evitando mudanças, e isso em si é conservador. Figuras budistas que se posicionam e que mostram apoio a ideias de esquerda ou reformistas sofrem sanções e críticas por parte de suas ordens. 

O budismo ocidental é conservador de uma maneira desonesta, fingindo ser apolítico, “nem de esquerda e nem de direita”, acima dessas “coisas mundanas” etc. É frequente o decreto em textos e discursos budistas de que os assuntos políticos são sujeira e não têm a ver com a espiritualidade, sendo um “elemento intruso”. Isso em si é uma postura conservadora que silencia o debate e esconde de maneira pilantra os problemas sociais que a própria religião contribui para normalizar e justificar.

Sim, existiram seitas rebeldes e que falavam muito de política, lutando pelos direitos das classes baixas, especialmente no Japão. E hoje em dia existe o esforço de um “Budismo Engajado”. Essas iniciativas romperam e rompem um pouco com essa inércia conservadora do budismo, mas são exceções. Desejo que tenham o maior dos êxitos! Sou uma pessoa sem religião, mas totalmente favorável a versões reformistas das religiões, e espero que se tornem revolucionárias um dia, porque o ritmo das mudanças que propõem é muito lento.

Esses são apenas alguns dos problemas que os budismos em geral têm. Poderia falar de muitos outros, mas não quero nessa ocasião. Fica para pequenos textos futuros.

Um pequeno aviso final: não sou contra a prática budista. Como já disse, fui budista por muitos anos e aprendi muitas coisas na seita que seguia e com pessoas de outras seitas também. Algumas coisas me acompanham até hoje de maneira positiva. Acredito que o budismo pode mudar e melhorar, mas só será possível fazer isso renunciando a um discurso de que “o budismo é superior, uma ideia imaculada e sem defeitos, não é uma religião como as outras”. Problematizar, reconhecer, retratar e superar honestamente os problemas é algo urgente para o budismo e para todas as religiões.

Notas:

(1) Uso a palavra “espiritual” aqui num sentido de místico, esotérico, sobrenaturalista, religioso etc., sabendo que esse sentido não é o único e nem o melhor do termo.

(2) Eu considero um erro classificar como religião apenas aquelas ideologias espirituais que tenham divindades. É uma maneira eurocêntrica de pensar a religião. Muitas religiões não têm a ideia teísta de divindades. Além disso, é importante notar que o budismo tradicionalmente crê em seres superiores aos humanos que chama de "deva" e que se pode traduzir como "divindades", mas estes seres não criaram o mundo nem são eternos, apenas mais poderosos que meros mortais.

(3) A heteronormatividade foi comum em alguns países budistas somente após o contato com o cristianismo. Antes, havia uma maior aceitação do sexo homoafetivo como tão sujo, mal etc. quanto o sexo heteroafetivo.

(4) Na própria Índia, onde surgiu, o budismo foi derrotado pelo hinduísmo e não existiu nesse país por milênios. Os hindus absorveram as funções sacerdotais budistas e tomaram controle dos templos, transformando os resquícios de budismo indiano em um tipo de culto a Víxenu. Foi no século passado que um budismo indiano voltou a existir como tal, sem estar submetido a autoridades hindus.

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