Religião e o caso do aborto de uma criança estuprada
Em referência a esse caso: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/08/17/crianca-de-10-anos-expulsa-feto-e-passa-por-avaliacao-para-finalizar-aborto.htm
Um dos motivos pelo qual o fim da religião seria bom é que não haveria uma pressão do tipo anti-abortista em caso de estrupro de menor. Essa é uma preocupação 100% religiosa, vem do pensamento mágico, da ideia de alma e das ideologias chamadas de modo eufemístico de "pró-vida".
O médico envolvido nesse caso, por exemplo, foi excomungado por defender contracepção e abortos desse tipo. O que sequer significa ser excomungado hoje? Uma grande honra.
Proponentes desse culto do sacrifício humano muitas vezes dizem que o estupro é um pecado retificável, enquanto que o aborto não. É essa lógica bizarra que produz a leitura do manual de bizarrices que eles chamam de livro sagrado: também a matança de "bruxas" e "feiticeiros", a prática do exorcismo, o patriarcado, a heteronormatividade, a monogamia compulsória, a destruição de culturas autóctones pelo mundo através da evangelização, ensinamentos morais com base em ameaça de punições eternas, punições físicas na educação infantil e muitas outras formas de genocídio e desculpas para uma ideia de moralidade universal que é inadequada e imoral. Qualquer ética laica mais ou menos, como os direitos humanos promulgados pela ONU, deixam no chinelo esse ideário macabro justificado com lorotas de museu.
Lutar por uma sociedade ateísta que supere qualquer ideia de vida após a morte, deuses, darmas e fantasias que permitam comportamentos religiosos é urgente.
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